CHUVAS E ALAGAMENTOS EM SIMÕES FILHO: emergência climática revela falhas estruturais, omissão e negligência da Prefeitura
- noticias dopoder
- 13 de abr.
- 2 min de leitura
Cidade com alta arrecadação enfrenta inúmeras dificuldades e heranças da gestão anterior; população clama por ações concretas

A tão temida temporada de chuvas chegou novamente, trazendo à tona um drama que se repete há mais de uma década em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS): os constantes alagamentos que afetam diversos bairros da cidade. Com a água invadindo casas e ameaçando a estrutura de residências, muitos cidadãos veem seus bens destruídos, evidenciando a alarmante falta de um planejamento eficiente e a execução de políticas públicas de prevenção que a população tanto merece.
Apesar de Simões Filho ocupar a 10ª posição entre os municípios com maior arrecadação do Estado da Bahia, a realidade enfrentada pelos moradores revela um descaso gritante com a infraestrutura básica e a segurança das comunidades. Este contraste entre arrecadação e condições de vida se torna um paradoxo revoltante diante das cenas de lama e destruição que se tornam comuns em períodos chuvosos.
A situação se complica ainda mais quando se fala em “herança maldita” de uma gestão anterior que se autodenominou “Boa Terra, Boa Gente”, mas deixou um legado de abandono e caos. A atual administração, sob o comando de Devaldo Soares, enfrenta sérias dificuldades para administrar as consequências dessa gestão, ainda muito influenciada por Diogenes Tolentino, o “ex-prefeito Sem Nome”, como o apelidou o vereador Genivaldo Lima (União Brasil).
A população de Simões Filho clama por um futuro mais sólido e pede urgentemente por um rompimento com a omissão que tem marcado a governança local. A expectativa é de ações concretas e não apenas promessas vazias que se perdem em discursos de palanque. Um triste retrato do que está em jogo pode ser observado nas intervenções falhas realizadas por prestadoras de serviços contratadas pela prefeitura que, segundo relatos, não seguiram as normas estabelecidas pelo CREA, ressaltando a falta de capacidade técnica na condução da Secretaria de Infraestrutura (SEINFRA), liderada pelo secretário Gabriel Marques. O que se torna ainda mais alarmante é que Marques, considerado o protegido do ex-prefeito, permanece em sua posição "por imposição", apesar das críticas consistentes de vereadores como Genivaldo Lima, Adailton Caçambeiro (União Brasil) e Carlos Neto (PSDB).
Com apenas 101 dias à frente da Prefeitura, Devaldo Soares se encontra em uma encruzilhada entre a influência do ex-prefeito e a crescente necessidade de decisões firmes para solucionar os problemas que assolam a cidade. A vacância de respostas nos processos que tramitam na 33ª Zona Eleitoral, além das acusações de fraude, lançam uma sombra sobre sua liderança que precisa ser iluminada por ações decisivas.
Neste momento crítico, o prefeito Del deve cercar-se de assessores que proporcionem clareza política, caso contrário, corre o risco de ser "invadido" pelos problemas que se acumulam, incluindo a ineficiência nas secretarias de Infraestrutura e Segurança Pública. A real necessidade é de uma gestão que assegure uma resposta efetiva às calamidades públicas evidenciadas pelas chuvas, antes que a cidade se torne um símbolo de desgoverno e abandono.
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Com informações do Redação Nacional
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