OPERAÇÃO VIRULÊNCIA DA POLÍCIA FEDERAL: Camaçari em foco por suspeitas de superfaturamento na pandemia da Covid-19; Simões Filho pode está no radar da investigação
- noticias dopoder
- 9 de mai.
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A deflagração da Operação Virulência pela Polícia Federal na quarta-feira, 7, trouxe à tona um escândalo de corrupção em Camaçari, cidade da Região Metropolitana de Salvador (RMS). A investigação apura suspeitas de superfaturamento em contratos emergenciais firmados durante a pandemia de Covid-19, colocando a transparência nas contratações públicas sob intenso escrutínio.
De acordo com a PF, a ação envolve fraudes em contratações para reforma e prestação de serviços médico-hospitalares em um Hospital de Campanha, além da aquisição de materiais de limpeza e a contratação de profissionais de saúde. Até o momento, a operação resultou no sequestro de cerca de R$ 2,1 milhões em bens e revelou um possível superfaturamento de R$ 1,4 milhão em um único contrato.
A repercussão do caso se estende além de Camaçari, gerando inquietação em municípios vizinhos como Simões Filho, que também utilizaram modelos de contratação por dispensa de licitação durante a crise sanitária. Embora nenhuma investigação formal tenha sido instaurada contra a prefeitura de Simões Filho ou seus ex-gestores, a movimentação nos bastidores políticos já é perceptível. Fontes indicam que a atual gestão, liderada pelo prefeito Del do Crisito Rei, está revisando documentos de contratos emergenciais como uma medida preventiva.
O ex-prefeito de Camaçari, Elinaldo Araújo, vinculado ao grupo político de ACM Neto, ex-prefeito de Salvador e principal opositor ao governo da Bahia, também possui conexões que amplificam os debates sobre a necessidade de maior transparência nos gastos públicos. A associação de Araújo a líderes da RMS, como Diógenes Tolentino, ex-prefeito de Simões Filho, agrava a discussão pública quanto à integridade das contratações feitas sob a égide da pandemia.
Neste contexto, analistas em direito público enfatizam que não se trata apenas de apontar acusações, mas de assegurar que prefeituras e ex-gestores estejam organizados e prontos para prestar contas sobre os recursos federais administrados em situações de emergência. A sociedade civil, órgãos de controle e veículos de imprensa independentes desempenham um papel crucial na vigilância e na cobrança de transparência, especialmente em um período marcado por vulnerabilidades institucionais.
Veja vídeo: https://www.youtube.com/shorts/NQ-skrlLyCw
À medida que a Operação Virulência avança, a expectativa é de que outras cidades que adotaram práticas similares às de Camaçari estejam preparadas para justificativas e prestação de contas, diante das exigências das autoridades de fiscalização e do Ministério Público.
Com informações do Tudo é Política/Fonte Audiovisual: Jornalista Gomes Nascimento
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